Páscoa e a Epigênese, tem algo em comum? – por Fernanda Jordão Magalhães

Aproveitando esse clima de Páscoa, término do domingo de Páscoa, quero compartilhar com vocês sobre uma jornada que percorri agora durante a Semana Santa, guiada por Luciana Pinheiro.

Eu sempre tive uma admiração e fascínio pela Páscoa, desde criança e nunca foi por conta de coelhinho da Páscoa ou pelos chocolates e sim pela história de Cristo, pela via sacra, pelo julgamento e morte de Cristo, assisti a todos os filmes que passavam na TV quando eu era criança… durante a Semana Santa.

Eu fui de grupo de jovens da Igreja Católica, participava do coral da missa dos jovens, tocava violão e cantava, durante a Semana Santa eu “morava” na igreja, participava de todas as cerimônias, procissão, adoração ao santíssimo, virava a noite sentada no chão da igreja tocando violão e cantando…

E essa energia mágica sempre me tocou profundamente, sempre via o domingo de Páscoa como o renascimento, a ressureição de Jesus… eu interpretava como renascimento, não me pergunte por que, pois não saberia responder, simplesmente sentia desta forma.

Imaginava o Amor, como elemento primordial para que tudo acontecesse, para que tudo pudesse ser transmutado, a cerimônia do sábado a noite… do círio pascal… onde a missa começa no fundo da igreja, com todas as luzes apagadas e o círio é aceso e depois todas as velas de todos que estão atrás na igreja são acesas e a procissão começa e cada um toma seu assento nos bancos da igreja… quando o padre chega ao altar e se vira para o público as luzes são todas acesas e as velas de cada um apagadas….

Essa luz, esse simbolismo, é incrivelmente mágico para mim.

E a cada ano essa cerimônia se repete no primeiro domingo, pós a primeira lua cheia, pós o solstício de outono (hemisfério sul) ou de primavera (hemisfério norte). E a cada ano, temos algumas oportunidades de reviver tudo isso e sentir dentro de nós essas transmutações e renascimentos. Esse processo também pode e na minha opinião deve ser considerado no seu aniversário, na data do seu nascimento e também na virada de ano, sendo que para mim, a virada do nosso aniversário de nascimento e a Páscoa são os momentos mais assertivos para repensarmos e meditarmos profundamente no que devemos deixar ir para que o novo surja…

E essa semana para mim foi extremamente mágica refletindo e meditando de forma artística seguindo a jornada de Luciana Pinheiro. Pude refletir muito sobre meu momento presente, sobre todo o meu passado, repetições até o momento e, olhar para os próximos passos, tive uma Semana Santa abençoada e repleta de novos olhares.

E quando o Marcos nos ensina no Sistema ISOR®️ sobre Epigênese é bem semelhante, pois tudo tem um ciclo, mas um ciclo em espiral que permite a evolução do Ser Humano, pois, se fosse simplesmente um ciclo no plano ficaríamos girando no mesmo local e não teríamos os aprendizados que são necessários e essenciais para o nosso desenvolvimento contínuo.

Quando falamos sobre a Epigênese de forma análoga ao que pode ser feito na jornada da Semana Santa é olhar para dentro de você e perceber em que trecho da sua caminhada você está e, o que você precisa seguir e, o que você precisa deixar ir, sim, agradecer, honrar e deixar ir…. para que o novo, o que está para surgir seja acolhido por você mesmo e possa vir à tona e tomar forma, seja um projeto, uma situação da sua vida, uma oportunidade, novidade que você acabou de “descobrir”, o importante é você estar atento, perceber qual “local” você está e se permitir dar o próximo passo.

Várias epigêneses ocorrem ao mesmo tempo, desde ciclos simples, diários a ciclos maiores (refeições, casamento, cenários no emprego, projetos entre outros).

É importante olhar sempre o que aconteceu antes (Antecedâneos), o quanto de Recorrência tem na sua história, existem algumas ferramentas que nos apoiam para olhar a linha do tempo e perceber repetições.

E, aí inicia o processo de Expansão, passando pela Atualização (início do processo, está em adaptação, percebendo a situação), Função (está em fluxo, o processo “engrenou”, tudo corre bem, você se sente bem, famosa zona de conforto) e Escalaridade, neste ponto começa o processo de recolhimento onde nem tudo está tão bom, a estabilização já não está tão presente e neste ponto podemos caminhar para a Reformulação onde ocorrem os impasses, muitas vezes patinamos e ficamos questionando nossas decisões, e pode ocorrer a explosão e chegar na Entropia, onde o ciclo se encerra, ou você segue para uma nova mudança, vendo novas possibilidades, talvez até fazendo novos acordos e segue para a Anatropia começo de uma nova Epigênese.

Segundo os estudos de Rudolf Steiner, as grandes epigêneses no ciclo do Ser Humano, ocorrem a cada 7 anos (os setênios), mas este será assunto para um outro momento.

Por agora, vamos focar na Epigênese e o quanto a Semana Santa e a Páscoa podem nos trazer para nosso autoconhecimento e respectivo auto desenvolvimento.

O papel do coach ou mentor é apoiar o seu coachee ou mentorado a olhar para si e diante da situação que ele está passando perceber em que ponto da Epigênese ele se encontra e com perguntas assertivas, buscando o histórico, biografia do coachee ou mentorado é possível identificar e ajudar a pessoa a definir se é possível fazer uma mudança do cenário para iniciar um novo ciclo de expansão seguindo a espiral do desenvolvimento, iniciando uma nova Epigênese ou se a pessoa precisa fazer a cerimônia de fim, encerrar o ciclo, e esse também é um processo importante.

Muitas vezes são nesses momentos que surgem mudanças grandes na vida das pessoas, é quando alguém decide mudar de carreira, seguir uma faculdade ou outra, decide se casar ou separar, se terá ou não filhos entre outras decisões da nossa vida.

O mergulho em nós mesmos é essencial para termos a visibilidade de quem somos, onde estamos e levantar os olhos para direcionar qual melhor caminho seguir, lembrando que sempre são escolhas e devem ser nossas, vindas do nosso centro, ou como eu gosto de chamar, vindos da nossa conexão com a Fonte.

Ao fazermos uma escolha, sempre terão perdas, tudo tem lado positivo e negativo, tudo tem um certo ganho e uma certa perda, o importante é estar confiante de que a decisão veio da sua conexão com a Fonte e não da sua mente cartesiana que está olhando apenas o mundo do lado de fora com as suas lentes (crenças).

Convido você que está lendo esse artigo para refletir dentro dos seus ciclos do dia a dia, do seu ciclo maior de vida, em que “local” você se encontra e se precisar de ajuda, procure um coach, mentor ou até mesmo um terapeuta.

Boa sorte na sua jornada, e lembre sempre, o mais importante sempre é o caminho… preste atenção ao seu entorno, olhe quem está contigo, quem te estende a mão, quem te olha nos olhos, quem te sustenta, quem te apoia e muitas vezes esse mesmo “eu” é quem te dá uns puxões de orelha para te ajudar a despertar… Agradeça a esse “eu” por estar contigo!

Semana Santa e Epigênese… espero que tenha te ajudado a se inspirar a olhar para si.

Sobre a Autora 

Gerente de Sistemas e Projetos de TI, como LTT (Líder Técnica de Tribo, no processo atual de Transformação Ágil na empresa).

Atuando em TI por 30 anos, sendo 25 em posição de liderança. Utilizando tudo que aprendi no dia a dia, apoiando para gerar um ambiente de confiança e seguro para que a criatividade emerja… (Amana-Key, TU, TE, Teoria Integral, Instituto Holos). Terapeuta holística (renascedora por Tom Cau – Base Leonard Or, terapeuta da Alma por Avihay Abohav, reikiana pela escola Alpha Cruz – Fundação Harmonia, fitoenergética por Bruno Gimenes e Patrícia Cândido – em formação).

Facilitadora do grupo Círculo do Amor, grupo com o propósito de compartilhar conhecimentos adquiridos até então, sendo um instrumento de autoconhecimento e desenvolvimento pessoal, aberto a qualquer ser humano que esteja disposto a se conhecer profundamente.

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