Qual a diferença entre Timidez e Fobia Social?

 

A comunicação entre as pessoas vem ao longo do tempo, passando  por processos evolutivos, formam-se núcleos, famílias, clãs, até chegarmos ao atual formato de nossa sociedade.

Como o fluxo natural da vida, as relações entre as pessoas transitam em constantes mudanças de comportamento e  forma de agir definindo o seu lugar na sociedade, no mundo.

Assim, nos preparamos para novas experiências, novos desafios e situações. 

Até aqui, tudo certo, tudo bem. O problema é quando a comunicação retrai a tal ponto de anular sua conduta como ser social, ficando a margem, com medo de não ser aceito.

É a timidez, o medo de situações novas, de pessoas desconhecidas, é a apreensão ao serem abordadas, a insegurança. Muitas vezes, o tímido quer até se conectar com as outras pessoas, mas não sabe, não consegue ao menos tolerar a ansiedade que sentem.

A timidez começa a se desenvolver na infância em simultâneo com a segurança e a  autoconfiança, gerando desses sentimentos, o de autoestima.

Ser tímido, é estar sempre se sentindo deslocado, é recuar diante de situações que aos outros parecem fáceis, mas nunca são  para ele.

Assim, se influenciados pela baixa autoestima e medo da rejeição, a timidez impede que novos relacionamentos sejam desenvolvidos.

Afeta não só a vida pessoal mas a profissional ao se sentirem desconfortáveis quando contato em com muitas pessoas.

Na realidade, a timidez é o receio extremo frente a situação de exposição e do medo do julgamento alheio.

Existem pessoas que sofrem com a timidez constantemente e lutam diariamente para  superar muitos obstáculos para atingir resultados.

O desconforto que a timidez causa prejudica a confiança em si mesmo, sentindo grande preocupação frente ao que outras pessoas pensam sobre nós.

Apesar de ser considerada uma característica humana, são várias as razõe que levam a timidez :

– Rejeição – medo de não ser aceito, o julgamento alheio;-

– Atenção – a  necessidade de receber atenção é um sentimento natural, porém, quando não correspondido aflora  a sensação de ser ignorado, impactando na autoestima;

-.Insegurança – interfere na confiança, na própria credibilidade de sua capacidade mental, gerando nervosismo e por consequência, não conseguir se expressar;

– Ausência social- não consegue interagir socialmente, se retrai, não expressa o que sente, apenas ouve o que os outros falam, medo do desconhecido, não faz amigos.

– Perfeição – a necessidade de perfeição, preocupação incessante de não errar, medo de se arriscar.

Algumas estratégias aplicadas, podem minimizar a timidez, apesar de parecer que não há solução para deixar de ser tímido.

  1. Aceitação – aceitar ser tímido, faz enxergar as dificuldades com uma certa característica normal de nós seres humanos  passando a buscar solução para o problema. Nesse caso, o autoconhecimento é uma das melhores formas para minimizar o medo, o  principal fator da timidez;
  2. Superação – comprometer-se a forçar superar o medo. Assumir compromisso consigo mesmo para alcançar esse objetivo. Não deixar de fazer o que deseja devido a timidez;
  1. Exposição – Se não fugir de reuniões sociais, aos poucos o se sentir deslocado, vai desaparecendo e lidar com esse desafio, vai ficar mais fácil. É sair da zona de conforto, é vencer a timidez;
  1. Respeito – Reconheça quando de fato é necessário se isolar, se isole. Respeite seu limite. Do mais, aprenda algo novo. Quando você está nas mesmas condições de outras pessoas, vai perceber igualdade na situação, ficando mais fácil interagir. Permita-se!

As formas mais severas da timidez são abordadas como Ansiedade Social ou Fobia Social.

Definida como doença mental crônica, esse transtorno – ansiedade social ou fobia social – tem como característica a ansiedade irracional, medo, autoconsciência e constrangimento advindo das interações sociais. 

O que causa esse transtorno ainda é desconhecido,  porém, pesquisas atuais atribuem a combinação de fatores ambientais e genéticos à raiz do problema. 

Esse transtorno causa a presença do medo excessivo em diversas situações como do julgamento alheio, constrangimento, humilhação, receio de ofender alguém.

O medo afeta o trabalho, estudos, relacionamentos, amizades, a vida.

Segundo estudos, as pessoas portadoras de transtorno da fobia social, produzem em maior quantidade a serotonina. E quanto maior produzir mais ansiosos ficam em situações sociais. 

A fobia social leva o indivíduo a experimentar sintomas emocionais, físicos e comportamentais, o que afeta diretamente, a sua vida e seus relacionamentos.

Os sintomas apresentados a seguir, definem o quanto é cruel esse transtorno e o porquê se deve pedir ajuda profissional. Vejamos, 

  1. Sintomas Emocionais – nervosismo, ataque de pânico, alto nível de medo e ansiedade, ciclos emocionais negativos, deformidades físicas (rosto);
  1. Sintomas Físicos – tontura, ondas de calor, tremedeira, problemas estomacais, tensão muscular, espasmos muscular, suor excessivo, rubor, boca e garganta secas;
  1. Sintomas Comportamentais – Tendência a isolamento abandonando estudos e empregos, abstendo-se de atividades por receio de constrangimento, evitar lugares onde acredita ser o centro das atenções 

O impacto negativo nas relações pessoais e profissionais, são as principais consequências da ansiedade social.

 

Ela se exclui das interações sociais, compromete o trabalho em equipe, pode causar ruptura com laços familiares e amizades, ou até mesmo, evoluir para depressão.

A Fobia Social é uma patologia, e como tal, deve-se ter tratamento adequado, com avaliação completa feito por um psiquiatra ou de um psicoterapeuta.

Somente após essa avaliação, será dado o diagnóstico para indicar o melhor tratamento, de acordo com os sintomas apresentados.

O mais importante,  e fundamental, é pedir ajuda quando problemas de ordem emocional começam a interferir na sua rotina, no seu trabalho, na sua vida,  para ter os cuidados e atenção necessários. Viva bem, viva melhor.

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1 comentário em “Qual a diferença entre Timidez e Fobia Social?”

  1. Fernanda

    Sim… algo a ser cuidado e dar atenção. E quanto mais cedo cuidar e apoiar quem passa por algo assim é importante para ajudar a sair deste “local”!

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