Escolha profissional: o que considerar além do investimento em tempo e dinheiro? – por Moacir Garcia

Imagina como deve ser difícil para um jovem de 17 ou 18 anos de idade decidir qual profissão será responsável pelo seu sustento e de sua família ao longo dos anos? Por vezes, a escolha de uma atividade laboral, que pode ser adquirida por meio de cursos técnicos ou superiores, não é tão simples assim, especialmente pela falta de maturidade característica dessa faixa etária! Nesse sentido, pretendo mostrar neste artigo, que é possível, sim, fazer a escolha da carreira [ou das carreiras] de forma simples, desde, é claro, que se obedeça a algumas dicas, que apresentarei abaixo. Isso evitará, certamente, muita perda de tempo, de dinheiro, bem como, também, uma possível frustração!

Dizem que “o fruto não cai muito longe da árvore”. Mas quantos filhos ou filhas, atualmente, querem seguir a profissão exercida por seus pais? É sabido que antes do advento da globalização, da internet, entre outros recursos tecnológicos, era muito mais dispendioso [em termos de preparação] ingressar em cursos técnicos ou superiores de qualidade, pois estes estavam restritos a instituições públicas de ensino, como as antigas escolas técnicas e universidades estaduais e federais.

Nessa época, faculdades particulares eram muito caras; então, se o indivíduo pretendia alcançar uma profissão de nível superior, por exemplo, tinha de estudar muito para obter aprovação no vestibular [exame para ingresso de estudantes no ensino superior]. Aqueles que não obtinham resultados satisfatórios para sua admissão no curso pretendido, por vezes se contentavam em participar de cursos técnicos, que foram muito valorizados em razão da expansão industrial nas décadas de 1970 e 1980. Estes também exigiam, do candidato, preparação prévia para seu ingresso.

Porém, os tempos mudaram. E a chance de obtenção de vaga num curso superior como Medicina, Direito, Engenharia, entre outros, tornou-se muito mais fácil. E um dos programas, entre outras possibilidades que tem facilitado isso, é o Sistema de Seleção Unificada (SISU), sistema informatizado do Ministério da Educação (MEC), no qual instituições públicas de ensino superior oferecem vagas para candidatos participantes do Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM). Estes são selecionados de acordo com suas classificações nas notas obtidas no referido exame.

Entretanto, não basta ingressar num bom curso superior para se tornar competente após sua formação. É necessário que o indivíduo, durante a realização do seu curso, absorva os conhecimentos, desenvolva as habilidades e atitudes requeridas para o bom desempenho profissional. É preciso, portanto, muita dedicação à teoria, longas horas de prática daquilo que se aprende nos livros, nas pesquisas, nas aulas e, sobretudo, trocar experiências com outros acadêmicos, bem como aproveitar as orientações daqueles que já vivenciam a realidade diária da profissão que se pretende “abraçar” como carreira.

Assim, percebemos que nossa jornada profissional não finda com o ingresso na faculdade que escolhemos como profissão. É preciso, além disso, muita dedicação para que não sejamos mais um diplomado no mercado de trabalho, porém, sem a menor condição de agregar valor aquilo que fazemos pelos nossos clientes. Lamentavelmente muitos estudantes, ao escolherem determinadas profissões, objetivam apenas status ou dinheiro, por exemplo. Todavia, ao se depararem com o cotidiano da atividade, percebem que não possuem perfil para aquilo. E aí surge a tão fadada decepção!

E embora seja possível mudar de atividade ou emprego a qualquer momento pela realização de outras formações técnicas ou acadêmicas, vale frisar que até somos capazes de recuperar o dinheiro aplicado na formação profissional, contudo, nosso tempo é um recurso escasso, que em tese, deve [ou deveria] ser muito bem aproveitado. Por isso, é de suma importância buscar orientação para se definir que carreira seguir, que rumo profissional dar a nossa vida! Isso pode ser feito por meio de teste de perfil comportamental ou vocacional, aplicado geralmente por profissionais da área de desenvolvimento humano, como coaches ou psicólogos.

E por fim, deixo para vossa reflexão, leitor, o conselho de Marcos Wunderlich, presidente do Instituto Holos de Qualidade, que pode ser aplicado a qualquer profissão: “dificuldades existem, mas podem ser superadas pela ampliação da mentalidade e novas visões de mundo; e exercício da permanente aprendizagem”. Pense nisso, coloque em prática e seja feliz com sua escolha profissional.

Moacir da Silva Garcia: Professor, Consultor Pedagógico e Master Coach Educacional e de Carreira, com certificação reconhecida pela International Coaching Federation (ICF). Membro da Associação Brasileira dos Profissionais de Coaching (ABRAPCoaching), com MBA Executivo em Coaching, pós-graduações em Gestão Avançada de Pessoas, Educação de Jovens e Adultos (EJA), Gestão Escolar, História e Filosofia da Ordem Maçônica (Maçonologia) e Ensino Religioso. Foi servidor público estadual e municipal, havendo trabalhado como Policial Militar (Soldado, Sargento e Tenente PM), Consultor de Recursos Humanos, Coordenador e Professor de Cursos Preparatórios, História, Ensino Religioso, Filosofia, Relações Humanas no Trabalho, Técnicas de Aprendizagem Acelerada, Sistema de Segurança Pública e Crime Organizado, entre outras disciplinas, com mais de 20 anos de experiência na educação profissional.

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1 comentário em “Escolha profissional: o que considerar além do investimento em tempo e dinheiro? – por Moacir Garcia”

  1. Denise Buzatto

    Muito bom este artigo. A escolha da carreira é muito importante. Ter uma vida profissional insatisfeita, pode trazer frustações que serão percebidas também na vida pessoal. Por isso, acho importante pensar bem antes de escolher uma carreira para seguir e procurar orientação profissional que possa ajudar, por exemplo, num teste vocacional, entre outros.
    Parabéns ao autor!

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