5 Aceitações para Encontrar a Felicidade

5 Aceitações para Encontrar a Felicidade

Nós não temos uma visão adequada do que realmente precisamos aceitar na vida para encontrar a felicidade incondicional,  porque são aspectos ou situações imutáveis. 

Acontece que se lutarmos contra, acabaremos criando ainda mais problemas, e consequentemente teremos dificuldades para encontrar nossa paz interior e a felicidade, o que na realidade é  a grande aspiração humana.

Você sabe qual a importância de nós aceitarmos os acontecimentos na nossa vida, para a nossa felicidade? 

Cada vez que a gente luta contra, a gente encontra ainda mais dificuldades. 

Porém não são todas as coisas que precisamos aceitar, só precisamos aceitar aquilo que não dá para mudar. Só assim encontraremos uma  felicidade mais plena.

Essas 5 Aceitações que escreverei abaixo, são parte de um livro, que eu li há muito tempo e que não está mais a venda. Esse livro se chama As 5 Coisas que Não Podemos Mudar… e a Felicidade que encontramos ao aceitá-las. 

É de autoria de David Richo, um terapeuta americano. Ele parte, e eu também gostaria de partir aqui, de uma oração do pastor Reinhold Niebuhr.

Essa oração traz um pouco do cerne daquilo que quero dizer: “Deus concede-me a serenidade para aceitar as coisas que eu não posso mudar, coragem para mudar as que eu posso, e a sabedoria para saber a diferença.” 

Ir contra ao que não podemos mudar sempre vai gerar desapontamentos e sofrimentos, porque existem coisas que são imutáveis.

Por exemplo: você não pode mudar a rotação da terra, os ciclos da lua, a maré alta ou baixa, os gritos de uma criança, determinado acidente que aconteceu.

Existem poucas coisas que você pode mudar porque vai depender de você internamente. Já as coisas externas geralmente acontecem por si só e nós não temos um controle efetivo disso. 

Então, com essa questão de estarmos lutando contra algumas coisas imutáveis e incontroláveis, é absoluta impossibilidade e perda de energia.

Aceitação nos gera Coragem, Compaixão e Sabedoria.

Condicionamento:

Nós temos um condicionamento muito forte que nós trazemos desde os primórdios da nossa vida, lá da nossa infância. Nos prendemos a “coisas que eu gosto” e “coisas que eu não gosto”, você pode observar que na nossa vida estamos sempre querendo manter  coisas que a gente gosta, mas se tiver algo que eu a gente não goste, tendemos a nos livrar ou nos afastar daquilo.

Tudo isso para que? 

Para encontrar uma felicidade, “eu não gosto de determinadas coisas e gosto de outras”. 

Então nós estamos sempre dentro desse gosto x não gosto, e quando alguma coisa que você não gostamos acontece, ficamos chateados e revoltados, criamos assim uma rejeição ao acontecimento. 

As consequências disso é ficarmos nervosos, ansiosos, perdemos o eixo e não conseguimos dar uma condução adequada a situação. 

Já quando temos acontecimentos que gostamos, tendemos a possuir e manter, criando assim um apego.

Esse condicionamento está muito presente em nós e é onde criamos uma fonte muito grande de infelicidade. 

Mas isso é tão comum, tão natural em nós que nem percebemos o quanto acabamos sendo governados por esse “gosto x  não gosto”! 

Uma Sabedoria e ao mesmo tempo um antídoto é o uso do que chamamos de Equilíbrio, ou o Caminho do Meio,  também chamado de Ponto Zero, em que não somos mais governados nem pelo “gosto  x não gosto”. 

Embora este condicionamento continue surgindo iremos além dele e assim não terá mais poder sobre nós. Isto nos gera comunhão e harmonia e lidaremos com as duas questões de uma maneira fácil. Criamos uma liberdade na nossa  Vida, porque não é mais o gosto x não gosto que nos governa.

1ª Aceitação da felicidade: Tudo muda e Termina.

É natural que na nossa vida tudo esteja mudando, a cada segundo tudo se altera e as coisas começam e terminam. Então as condições se juntam, e quando juntam começa um movimento, ou um  processo, e um dia esse processo chega ao final, quando as condições ou partes se separam de novo. 

Tudo o que termina pode ter um novo começo, precisamos entender que não precisamos ficar presos ao passado porque aquilo que estava acontecendo já não está mais, então podemos nos desligar do passado porque é algo natural que as coisas mudem e não permaneçam.

As mudanças são constantes, é preciso ter uma visão de ciclos. Alguns ciclos estão começando, alguns estão no meio, outros estão no final. Mas é preciso ter uma aceitação dos ciclos, porque a vida não é linear, não é para sempre. Devemos ter confiança nos ciclos da vida e nos níveis naturais de evolução.

O entendimento dessas mudanças resulta na liberação de apegos, da prisão ao passado e da compulsão de estar no comando dos acontecimentos. 

Aceitar que tudo muda e termina é uma aceitação genuína, porque é algo que é uma Lei da Vida, e não tem como você mudar esses  ciclos processuais da Vida. Tudo o que temos como realidade é um fluxo contínuo onde tudo vai se processando e mudando, não tem nada fixo.

Quando aceitamos que as coisas mudam, que não dá para manter sempre as mesmas situações e nem refazer o passado, temos um alívio. Isso é uma satisfação profunda de aceitar a Lei da Vida. Assim passamos a entender que nós fazemos parte de algo maior, não somos separados, portanto as Leis da Vida estão em nós e que apenas nos reta acatá-las e segui-las.

2ª Aceitação da felicidade: As coisas nem sempre saem de acordo com os nossos planos.

Nunca teremos certeza de nada porque  a Vida tem essa característica, ela é probabilística, então não adianta ficarmos chateados quando alguma coisa não sai de acordo com nossos planos.

Ter planos, sim. Aprisionar-se, não! Nós precisamos saber nos readaptar.

Quando queremos que realmente aconteça alguma coisa, tem uma regra básica: Precisamos criar as condições e as causas.

A causa é aquilo que irá originar e as condições tem quer ser adequadas para que aquelas causas funcionem, aí sim teremos um acontecimento. Mas se não tivermos reunidas todas as causas e nem a condições, as coisas não vão acontecer ou funcionar.  

Tudo é probabilístico, acontecimentos dependem de causas e condições.

Quando algo não dá certo, precisamos saber que não tinha as causas e condições, precisamos aceitar que não deu certo. 

Não coloque a sua felicidade em um acontecimento externo. 

É importante que tenhamos a felicidade natural interna, independente dos acontecimentos externos. Assim se algo der certo,  está bem e se não der certo também está bem. 

Então nós precisamos ter um discernimento, uma Sabedoria de que nem sempre as coisas vão estar de acordo com nossos planos e teremos que ficar tranquilo com isso também.

3ª Aceitação da felicidade: A vida nem sempre é justa.

Estamos falando de coisas mais difíceis que a gente vive diariamente, e muitas vezes nós vivemos uma situação que acreditamos ser injusta. 

As pessoas estão sempre buscando essa justiça, mas a vida nem sempre vai ser justa.

No universo só há eventos, todos neutros. Essas “buscas de justiça”  acontecem apenas na nossa mente, porém se olharmos para fora, para o universo, veremos que tudo isso é muito neutro. 

Lá fora não há bom nem mau, apenas eventos, nós que criamos os conceitos e interpretações particulares para os acontecimentos.

Todos esses nossos conceitos “justo x injusto” geralmente geram  rancores e sofrimentos. O que fazer? Ter proposições. Podemos ter uma postura centrada, condutora, na qual se propõem soluções naquilo que é possível mudar. 

4ª Aceitação da felicidade: A dor faz parte da vida.

Quer você queira ou não, você vai sentir dor. Pode ser um sofrimento, uma tristeza, um desapontamento, uma decepção, as dores vêm, pois faz parte da natureza humana sentí-las. 

Quando sentimos uma dor, a primeira coisa que devemos fazer é não lutar contra ela, mas sim acolhê-la. O acolhimento da dor diminui o sofrimento, nós vamos sim sofrer com uma determinada dor, mas quando lutamos contra, o sofrimento é multiplicado. 

Uma solução muito interessante é ativar a compaixão interna, e desta forma nos tornamos mais felizes. 

Por exemplo: Você tem uma dor “x”… Você vai imaginar que todas as pessoas que tenham a mesma dor “x” não tenham dores, mas que as dores venham para você para que você sofra por eles. Assim você está ativando a sua compaixão, e estará entrando num nível de compaixão e felicidade mais profunda.

Mas lembre-se: nós não podemos ser “donos” de nenhuma dor, nem física ou emocional. Ela é apenas uma dor que está ali, mas ela não é “sua”. 

Se você se sentir dono da dor poderá piorar mais ainda a situação e criar  um apego a ela, o que causará mais sofrimentos ainda. 

Deixe a dor ali e continue a sua vida, não foque nela, não lute contra. Então aceite e acolha a dor. Depois busque ajuda para removê-la, obviamente. 

5ª Aceitação da felicidade:  As pessoas não são amorosas e leais o tempo todo.

Não coloque a sua Vida na mão de alguém, não espere que ela te faça feliz, porque em algum momento ela não vai ser amorosa com você. Às vezes uma amizade dura muito tempo mas de repente uma pessoa se torna desleal, e não sabemos o porquê.

Precisamos aceitar todas as probabilidades, não esperar nada dos outros, apenas fazer os outros felizes, essa é a nossa parte. 

Não podemos mudar outra pessoa, digamos que ela esteja chateada ou nervosa. Podemos até confortá-la, mas não podemos mudá-la.

É preciso aceitar sempre as coisas como elas são. Apenas as próprias pessoas podem mudar a si mesmas.

É uma liberdade muito grande aceitar que tudo muda e tudo termina, não lutar contra, não ficar preso ao passado. 

As coisas nem sempre vão ser de acordo com os nossos planos, e está tudo bem. A vida nem sempre vai ser justa, a dor faz parte da vida, e as pessoas não são amorosas e leais o tempo todo.

Entendermos e aceitarmos essas cinco questões vai nos trazer conforto, paz, calma, compreensão e um enorme alívio, ou seja, o título do livro se justifica plenamente: As 5 Coisas que Não Podemos Mudar… e a Felicidade que encontramos ao aceitá-las. 

“Há uma vitalidade em nós, um brilho – uma fogueira, na verdade – que não pode ser extinta por qualquer tragédia. Algo em nós, um desejo de totalidade, uma paixão por evoluir, nos faz continuar, começar de novo, não desistir, não desistir!” – David Richo.

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